Estação de Maricultura Elpídio Beltrame EMEB/AQI/CCA
  • LAPMAR estuda espécies e apoia produtores e parceiros no desenvolvimento de tainhas, robalos e sardinhas

    Publicado em 26/11/2020 às 15:24

    Há 30 anos, quando pouco se falava sobre criação de peixes e, em especial de espécies marinhas, um projeto desenvolvido pelo Laboratório de Piscicultura Marinha (Lapmar) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) já trabalhava na produção de tecnologias e na difusão de conhecimentos sobre peixes marinhos em cativeiro. Localizado no leste da Ilha de Santa Catarina, na Estação de Maricultura Professor Elpídio Beltrame, do Departamento de Aquicultura do Centro de Ciências Agrárias da UFSC, o Lapmar hoje é um dos poucos laboratórios do gênero no país dedicado à pesquisa, ao ensino e à extensão.

    O projeto conta com apoio há cerca de duas décadas da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu). “A fundação é muito importante para administrar os recursos financeiros oriundos de agências de fomento e da comercialização de peixes excedentes das pesquisas. Estes recursos são usados na aquisição de insumos para a criação dos peixes e para a manutenção das atividades essenciais ao funcionamento do Lapmar”, explica o professor Vinicius Ronzani Cerqueira, coordenador do projeto.

    O quadro permanente do projeto tem o professor Cerqueira e os técnicos administrativos e doutores em Aquicultura Caio França Magnotti e Fabíola Santiago Pedrotti. Além desse grupo, a equipe conta neste momento com 10 alunos da UFSC: duas pós-doutorandas, quatro doutorandos e três mestrandos da pós-graduação em Aquicultura, e três graduandos do curso de Engenharia de Aquicultura. “O projeto trabalha com geração de tecnologia para a produção de peixes marinhos em cativeiro. Para isso temos instalações para produção experimental de alevinos de peixes marinhos, sem a qual não existe a piscicultura. Um trabalho também importante é transmitir informação sobre essa tecnologia para produtores, pesquisadores e técnicos”, define o coordenador dos trabalhos.

    Início

    Cardume de sardinhas no tanque de reprodutores. Foto: divulgação

    O projeto começou com a reprodução da espécie de robalo-peva (Centropomus parallelus). Durante alguns anos foram otimizados os resultados das desovas, da criação de larvas e juvenis. A partir destas informações acumuladas passou-se a trabalhar com uma outra espécie, o robalo-flecha (C. undecimalis). E nos últimos 10 anos, a equipe do Lapmar passou a trabalhar com espécies não-carnívoras, consideradas de grande importância em um tipo de criação em grande desenvolvimento por ser ambientalmente sustentável: a aquicultura multitrófica integrada. A primeira espécie estudada foi a sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis), uma espécie considerada frágil mas muito explorada comercialmente, inclusive os indivíduos juvenis, que são usados como iscas-vivas para captura do bonito-listrado. “Desenvolvemos com sucesso técnicas de indução hormonal de desova, até com indivíduos nascidos em cativeiro, que hoje são totalmente aclimatados às condições de confinamento, com desovas naturais (sem a necessidade de indução hormonal) durante o ano. Atualmente estamos com indivíduos da terceira geração”, comenta o professor Cerqueira.

    A segunda espécie não-carnívora foi a tainha (Mugil liza), quando foram resgatadas pesquisas iniciadas nos anos 1980 na UFSC. Inicialmente foram utilizados peixes selvagens para obter a desova com hormônios. Porém em 2019 houve a maturação sexual e a desova de tainhas da primeira geração em confinamento. “Com estas duas espécies, tivemos desovas e larviculturas bem-sucedidas nos últimos cinco anos, com a produção de mais de 200 mil juvenis. Nossa ênfase é no processo reprodutivo e na criação de larvas. Entretanto, para todas as espécies, desenvolvemos ou ajudamos a desenvolver, junto com parceiros, técnicas de engorda em sistema intensivo ou semi-intensivo”, explica o professor.

    Educação ambiental

    As atividades são desenvolvidas com parcerias públicas ou privadas de Santa Catarina ou de fora do Estado. “Atualmente temos domínio completo da maturação e da reprodução dos robalos, tainhas e sardinhas estudadas pelo Lapmar. A produção de juvenis é planejada de acordo com a demanda dos experimentos realizados no laboratório e instituições parceiras (Epagri, Udesc, Univali, Furg, Unesp, etc.), sendo o excedente de pesquisa vendido à comunidade”, destaca Cerqueira.

    “Um projeto recente que apoiamos com satisfação, fornecendo peixes e material, foi uma unidade de criação no mar, coordenado pela prefeitura de Bombinhas, que funcionou basicamente como instrumento de educação ambiental”, lembra o professor Cerqueira. Outra parceria importante na questão educacional foi com o Aquário de Balneário Camboriú. “Esse fornecimento nos deixou particularmente satisfeitos, considerando a importante função ambiental que o empreendimento tem. No momento, diversas sardinhas, robalos e tainhas nascidos na UFSC estão lá expostas, sem a necessidade de captura na natureza”, diz o coordenador.

    Página

    Tainha no tanque. Foto: divulgação

    O projeto também atende produtores de todo o país, atualmente com ênfase em propriedades do Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro, além de Santa Catarina. Os produtores são acompanhados durante os procedimentos de transporte, aclimatação e engorda dos peixes, sendo assistidos por servidores e alunos do laboratório que acompanham o desenvolvimento dos peixes e o manejo, com adequações para a realidade de cada região. “Temos ótimo retorno de todos os envolvidos no projeto e estamos muito satisfeitos com os resultados obtidos”, observa o professor.

    “Da parte das instituições parceiras de pesquisa, grandes avanços científicos e tecnológicos podem ser observados para a atividade da piscicultura marinha. Da parte dos produtores, houve bons resultados de criação em grande escala. Os mais expressivos foram com robalo e tainha no Rio Grande do Norte, criados em viveiros de camarão. E com a sardinha, criada com sucesso em tanques rede na Universidade do Vale do Itajaí (Univali), na enseada da Armação do Itapocoroy, no município de Penha, no Litoral Norte catarinense. Atualmente, temos demanda de produtores de todo o Brasil, o que demonstra que a criação de um laboratório comercial de produção de juvenis de peixes marinhos (das espécies listadas acima) é de grande importância para o desenvolvimento da atividade.”, acrescenta.

    As comunicações com os criadores são feitas por internet ou telefone, além de visitas de produtores ao laboratório e fornecimento de textos técnicos. Todos os procedimentos desenvolvidos no laboratório também estão disponíveis ao público no site do laboratório por meio de cartilhas, manuais técnicos, capítulos de livro, resumos de congressos, dissertações, teses e artigos científicos. Acesse o site e aproveite todo esse conhecimento.

     

    Assessoria de Comunicação da Fapeu

    (Este texto integra a 12ª edição da Revista da Fapeu, que pode ser acessada aqui)


  • Estudos desenvolvidos e liderados pela Profa. Leila Hayashi foram fundamentais para autorização de cultivo comercial da macroalga Kappaphycus Alvarezii em Santa Catarina.

    Publicado em 30/01/2020 às 12:00

    Professora Leila Hayashi lidera o grupo responsável pelos estudos de viabilidade do cultivo da macroalga – Foto: divulgação.

    Após 11 anos de estudos para provar sua viabilidade ambiental, a macroalga Kappaphycus alvarezii agora pode ser cultivada com fins comerciais em Santa Catarina, oferecendo aos maricultores do estado uma nova fonte de renda e a oportunidade de diversificar os cultivos marinhos na região. A autorização consta na Instrução Normativa 1, de 21 de janeiro de 2020, publicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

    O grupo liderado pela professora do Departamento de Aquicultura do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina (CCA/UFSC) Leila Hayashi foi o responsável, desde 2008, pelos estudos de viabilidade ambiental e comercial, em um projeto realizado em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). As duas instituições foram responsáveis pelas negociações com a Secretaria de Pesca e Aquicultura, o Ibama e o Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina, que resultaram na publicação.

    A Kappaphycus alvarezii atualmente é responsável pela maior produção de cultivos marinhos do mundo, sendo matéria-prima para a extração de uma substância muito utilizada em diversos ramos da indústria, como espessante de iogurtes, produtos veganos, enlatados, cosméticos e tinturas, entre outros.

    Kappaphycus alvarezii é uma nova alternativa de renda para maricultores catarinenses – Foto: divulgação.

    Fonte: https://noticias.ufsc.br/2020/01/ibama-autoriza-cultivo-da-macroalga-kappaphycus-alvarezii-em-sc/


  • O destaque da maricultura de SC conta com o trabalho desenvolvido na UFSC por meio do LMM/AQI/UFSC

    Publicado em 14/05/2019 às 12:12

    Em três décadas Santa Catarina desenvolveu uma nova atividade econômica, com uma contribuição fundamental de pesquisadores da UFSC, apoiados pela FAPEU. Hoje o estado é responsável pela quase totalidade da produção dos moluscos comercializados no país:

    Reportagem LMM


  • Pesquisa sobre a Nutrição de Camarões desenvolvida no LCM/AQI/UFSC

    Publicado em 14/05/2019 às 12:04

    O trabalho desenvolvido no Laboratório de Camarões Marinhos sobre a nutrição de camarões foi pauta de reportagem da revista FAPEU:

    Reportagem LCM


  • EMEB na mídia: O corte de verbas pode comprometer a maricultura de SC.

    Publicado em 14/05/2019 às 10:42

    Matéria publicada pelo jornal NSC Notícias: com destaque para o impacto que a maricultura de SC pode sofrer devido ao corte de verbas às universidades.

    http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/nsc-noticias/videos/t/edicoes/v/cortes-nos-repasses-as-universidades-devem-impactar-em-instituicoes-de-sc/7586486/ 

     

     


  • Laboratório de Moluscos Marinhos – LMM/AQI Comunica a Venda de Sementes de Ostras do Pacífico

    Publicado em 03/04/2019 às 12:51

    O Laboratório de Moluscos Marinhos (LMM), que integra o Departamento de Aquicultura do Centro de Ciências Agrárias (CCA/UFSC), torna pública a disponibilidade de sementes de ostras do pacífico excedentes produzidas por sua unidade de pesquisa, extensão e ensino, situado na Estação de Maricultura Prof. Elpídio Beltrame, na Servidão dos Coroas, 503 (Barra da Lagoa) que não foram aproveitados pelas unidades universitárias.

    Encontra-se disponível para venda um lote de 1.690.000 sementes diploides de ostras do pacífico ao valor de R$ 23,00 o milheiro. O valor do milheiro é baseado no histórico de custos do Laboratório de Moluscos Marinhos e no preço praticado por laboratório privado em Santa Catarina.


  • UFSC na Mídia: Macroalga produzida na Capital pode garantir nova fonte de renda para maricultores

    Publicado em 03/04/2019 às 12:49

    Projeto desenvolvido pelo setor de macroalga do Laboratório de Camarões Marinhos – LCM/AQI foi destaque na RICTV Record Santa Catarina:

    Acesse o link: https://ndmais.com.br/videos/balanco-geral-florianopolis/macroalga-produzida-na-capital-pode-garantir-nova-fonte-de-renda-para-maricultores/